Guilherme Brante
Guilherme Brante
Luto
à deriva em um mar misturado
sem nexo semântico
as vagas molham e o molhe
que é a mente escalar naufragou
sem sentido
Ora divago sem rumo derivo de ar à agua
Ora me aprumo e isso tudo só para descobrir
a cabeça mergulhada em água
afogada em água
desesperada, despreparada em água
desesperado, despreparado
me preparo para nada
flutuo
à deriva no devaneio,
na corrente,
que me prende:
a cabeça se vai, boiando
e eu fico aqui na praia, a acenar
au Revoir. É que eu tenho a esperança na mão - rio.