Jonathan Fenile
Jonathan Fenile
Longe atrás deixei o último arredor,
tanto foi que eu andei,
foi tanto que até voei,
tateando um novo sol.
Estranho caminho esse que me leva
de costas para o mundo,
de frente para o mar de sentidos suspeitos
que o coração revela.
Caminhos contrários,
arredios, eremíticos.
Direções perdidas,
horizontes imaginários que me guiam.
Das vazias multidões me afasto.
De solitárias companhias me retiro.
Em busca de calor,
em busca de um refúgio,
em busca de uma luz que brilhe
na mesma cor em que eu brilho.