Infâncias marcadas pelo isolamento, pelo bullying e muitas vezes por abusos.
Questionamentos desde cedo pelo sentido da vida, qual nosso papel no universo.
“Ah é a fase dos porquês…”
Fase que perdurou pela adolescência, chegou na vida adulta e já se tornou permanente.
Vivemos a luta diária de, mesmo sem entender o motivo, termos que levantar, estudar, trabalhar, casar, ter filhos, perpetuar a espécie e morrer.
Confraternizar, participar de ritos sociais sem lógica alguma.
Sentir-se desconfortável com barulhos, sons, luzes e cheiros.
"Que lindo os fogos de artifícios..." enquanto nossos corpos se contraem e buscamos refúgio em nosso íntimo tapando nossos ouvidos.
Surtar em meio à multidão.
Sentir-se invadido quando alguém toca seu corpo.
“MEU CORPO, por favor respeite.”
Ter a opinião questionada, ser considerado louco, ser inconveniente por deixar os outros desconfortáveis.
E daí que eu não paro de me mexer? Por que tenho que te olhar nos olhos? "para transmitir segurança"
“Tá..., mas quem está se sentindo inseguro é vc…” Novamente... MEU CORPO.
Nosso cérebro funciona de forma diferente e TUDO BEM
Somos obrigados a nos comportar.
E sim, mesmo obrigados, tentamos fazer o que nos pedem.
Sobrevivemos a cada dia, nos anulando... deixando a nossa existência ser confinada ao nosso mundinho.
Guerreiro... não quero lutar... Sobrevivente... Só quero ter liberdade para viver e ser.