Sou crônica, sou crônico. Tenho a síndrome do touro bêbado. Mas nunca sorvi uma única gota de um maldito álcool. Sou um personagem para o tema de uma proposta. Cheio de tiques e problemas mil. Apesar disso, nas soluções que pedem sou mais real que a verdade. Sou todo prosa, por isso verso. Pela sinestesia das dimensões, produzo eixos e conexões.
Tourette, taurino
Repete a sina
Perde o destino
Que tanto ensina
Síndrome que agulha
Alfineta a mente
Um cognome mergulha
Afeta a gente
Amor, poesia, política, fé. O jornalista e poeta escritor Alvaro Tallarico passa pela contemporaneidade criando a partir da observação e das vivências pessoais. A obra Poetiníase não diz o que é poesia, nem o que não é, mas fala de um poeta viajando pela prosa poética, novos formatos e velhas tradições.
O que é contemporâneo? Que saúde a poesia pode trazer? Isso é poetiníase, palavra inventada pelo autor cujo significado você encontra nesse livro.
Entre janelas castanhas e aves naves, a perfeição das contradições. Contemporâneo é buscar a poesia que existe na humanidade, é crer que elas podem evoluir juntas.
Alvaro Tallarico traz constelações que conversam em “Olhos de Touro” e miragens sonoras. Explora a razão da plenitude da vida e que emoção é necessária para seguir. Traz fins que são começos e reza para santos e orixás. A contemporaneidade dos diversos caminhos de fé, ou o direito de não ter.
Brasil, para onde vai? A dúvida permeia os poemas de cunho político onde a ironia transborda.
Síndromes e perigos conversam e divergem a cada página. Dessa forma, a indestrutibilidade da poesia firma seu ponto.
Afinal, Poetiníase apresenta mais um gole da eterna, e nunca fora de moda, deusa que nos guia além, sim, a imortal: Esperança.