Noite sem estrelas, céu tão opaco,
O negro se veste de luto e de dor.
São séculos de luta, um fardo pesado,
Racismo, veneno que impregna o amor.
Na pele escura, a história gravada,
Marcas de escravidão e desigualdade.
Ainda ecoam as vozes caladas,
A dor que se esconde em cada verdade.
Nossos corpos cansados, de tantas batalhas,
Resistem à violência, ao preconceito.
Somos força ancestral, riqueza das malhas,
Na luta diária, desfazemos o estreito.
Mas não cansamos de sonhar com justiça,
Com um mundo onde a cor não seja barreira.
O racismo, inimigo que entrista,
Um dia cairá, não há quem não veja.
Enquanto isso, seguiremos em pé,
Levantando a voz, com esperança e fé.