A identidade de alguém,
No começo da Jornada,
Não tem rumo, está aquém
Dos padrões da Caminhada
E daqueles que detêm
A escravidão da Estrada
Não é fácil (trans)cender
Sair da caverna escura.
Você não consegue ver
Que essas duas Margens “puras”
E essas sombras que você
Enxerga, são só gravuras?
São imagens ilusórias
Construídas socialmente
Que durante toda a história
Arraigaram em nossas mentes
Ignorâncias simplórias
De quem nasceu diferente.
Eu sou a terceira margem
Do rio de Guimarães.
Sigo sendo a luz que arde,
A verdade em olhos vãs.
Sou diferente, sou arte,
Sou de verdade, sou trans.