Manter-se viva dia após dia
que luta vã
Um motivo apenas queria
que pudesse me renovar
Um copo de cólera
Quem sabe uma taça de vinho
Assim o sangue aceleraria
não pararia no caminho
seguiria sua rota
renunciaria ao infinito
Anseio de sonhar de olhos abertos
e vem você me desnudar de olhos vendados...
Quem me dera ao menos uma vez
não ser escrava de ninguém
nem da minha vontade
deixar-me levar
Quem me dera ao menos uma vez
estar contigo
nada de implorar amor
nada de agir como mendigo
Vital é dar amor, atente ao que digo:
Nada de ser soberano e insano!
Abro meu paraquedas,
você é o vento sob minhas asas.
Comemore, explore, namore.
Mas não demore! Porque estou de porre.
Tampouco se engane!
Toda ressaca tem cura.
Daí ninguém me segura.
Energia pura, cândida ternura, dura na queda.
Cuidado, anjo de asas quebradas!