No espelho da lua cheia,
Penitentes castas arqueiras,
Descem de Iaci-Taperê,
Nuas entre nós da madeira.
Amantes, Dianas, Cunhãs,
Deleite que não se acaba,
Faz da cama a verde mata
Pra que a noite se deite.
São amazonas guerreiras,
Que do ventre da terra sorri.
Cantos de carícias plenas,
Da guerreira nação Tupi.
Mãe das águas brasileiras
Tecem o talismã sagrado,
Sopro de Tupã, semente,
Força e graça das sereias.
Amantes sem fronteiras,
Nascente, aroma, Xamã.
Oferenda que presenteiam,
Iluminam a terra anfitriã,
Pedra mística: Muiraquitã.
Luz que não se apaga,
Purificação a noite inteira,
Para sempre viva: I Kamiabas!