a grade,
a passarela,
o metrô;
para evitar suicídios,
a grade na passarela do metrô,
ironia na cidade de todos os santos.
não que suicídios sequer comovam a atenção
das metrópoles e dos cidadãos habituados à distração,
mas não se pode permitir a interrupção da foda
incessante, mecânica, automática, irrefletida,
da vida humana gozada como engrenagem
de reprodução do capital em mais capital,
onde tempo não é viver, mas lubrificante
da máquina necrófila da grana.