Há mistérios por detrás daquelas montanhas
Cheios de histórias e caras estranhas
A luz atina novos olhares
Das estradas, dos sonhos, sem
pouso e ninho
Donde a vida nua é crua
E deflora, desnuda, bem devagarinho...
O riso e o sonho empalidecem
É o descortinar do testemunho...
Do legado que se desconhece
É a montanha e o moinho
A rotina da Paineira e seu espinho
É a vida que floresce em agridoce dissabor
É o mistério manso do horizonte no rio
Na simbiose da mão na terra pelo labor.
*
Me perdi da poesia
Do viço do traço
Do verso versado
Por acaso
Das entrelinhas...
Significante e significado
Do riso disposto
Do espanto inesperado
No rascunho do caminho
Sutilmente grafado
Perdi toda a alvorada
O poente foi protelado
E o verso só findou...
Na magna hora dourada.