Riacho que deságua como lágrimas de lamento
Pela indecorosa ocupação que usurpa o provento
Da pesca, do pescado, do moquém, desalento
Porto que ancora com tristeza o ser aflito
Pela alma afogada e pelo barco interdito
O progresso ordena o ganho exclusivo do maldito
Fez-se ponta de lança pro mercado exterior
Um tal progresso antiquado e aniquilador
Que arrasa o bem-viver promovendo tanta dor