Como uma planta, as vezes fico apenas a sentir o sol
fazendo fotossíntese,
minhas energias renovo em prol,
de minha paz interior...
Por onde eu ande, fico a deslumbrar,
cada bater das asas dos pássaros e das borboletas
na natureza livremente a bailar.
Coisa que provavelmente, futuramente, não mais se verá.
O desmatamento desenfreado do bioma mais biodiversicado, a Mata Atlântica,
em prol do desenvolvimento humano,
me faz sentir um medo insano, do deserto sem cor, da vida vindoura...
O homem ainda não percebeu,
que faz parte da natureza e que sem ela,
caso sobreviva, habitará em um grande breu
sem cheiro algum, sem cor alguma, sem alma nenhuma.
Onde os bugios irão se pendurar?
Onde a enormidade de espécies encontrará alimento?
E ainda haverá a estranheza cega de muitos,
quando a fauna nativa chegar onde os homens plantam o desenvolvimento.
Caso você hoje, deixe de fazer sua parte,
o que restará serão apenas fotos, lembranças e encartes,
da diversidade desta natureza tão imponente, hoje ainda existente,
com um futuro já tão incerto, intrínseco e igual a vida da gente...