Cada vez que um homem bronco -
branco, amarelo ou azul de anil,
vermelho, pardo ou alaranjado,
mãos de motosserra, dentes de machado -
declara guerra a mais um carvalho,
tomba sem pena outro angelim,
choram as folhas, raízes, tronco;
um Chico Mendes morre de novo,
brada um Sting, geme um Jobim.
Cada vez que um homem bronco
Faz rugir seu maquinário
de leão perante as matas,
abrem-se novas ruínas,
fecham-se outras cortinas,
encerrando serenatas.
Enquanto lágrimas brotam,
morrem de sede as cascatas!