Diane Ruedo

Barriga Cheia

O tempo muda,
Não é difícil reparar,
O que não se altera são os grandes concretos do estado,
Seus shows a parte,
Com suas tachas de cristais públicas.
Marchando por ordens utópicas.

É fácil entender a ignorância do poder,
Seus silêncios para os latidos e gritos,
Procurando e querendo o que ‘de come’,
Mundos distintos
A fome tem local e cor.

Enquanto fazem rimas com o som dos pratos vazios,
Outros com o vivo na barriga cheia nem sentem efeito.

A fraqueza dos pobres,
É a grandeza dos ricos,
De norte a sul,
Predem suspiros em gaiolas velhas,
Pisam nos verdes,
Transformando tudo para eles.

Pobre sociedade,
Uns tem fome,
Outros fazem mamatas com seu sobrenome.

Não há oração capaz de acabar com o mecanismo.
Para eles mais gente a procura de ossos é defender seu eugenismo.