Mateus Rodrigues Sales

Heroísmo Fantástico do Brasil 2021

Aos grandes Super-Heróis que vieram para salvar a nossa nação, dedico-lhes estas pinturas rupestres

Eu poderia escrever as mais complexas e indecifráveis palavras para me ler. Mas hoje não. Hoje quero ser lido.

        Ante a toda a tosquice que nos cerca, tenho em meu pulso um relógio parado às 9 e pouco de algum dia trinta, não sei se agosto ou setembro. Nem sei.

        Os Super-Heróis nessa fúnebre milésima vez nos salvaram de toda desgraça e corrosão do que poderíamos chamar de “fantasma da dignidade”. No que tange, não teremos mais essa praga tão cedo. Maldito seja quem viva com dignidade! Maldito seja quem viva no século vigente!

        É irônico, por ora, o rock’n roll virar objeto de saudosismo. Saudosismo! Diria que tão irônico quanto esta estrofe, mas ela não é irônica. É sarcástica.

        Decerto, não estamos preparados para tamanha modernidade representada na opressão do alimento, um direito básico, ser objeto de compra e de venda. Por sorte, os nossos Super-Heróis estão nos livrando dessa opressão tornando cada vez mais enfraquecido o nosso poder de compra. Estão certos! Chega de capitalismo! O ser humano foi feito para caçar e não para comprar!

        Nossas taxas de carbono tendem a ser cada vez menores graças à iminente migração dos ultrapassados carros movidos à álcool por algo muito mais moderno e orgânico chamado charrete. É o que? Cavalos também produzem dióxido de carbono? CANALHAS! CANALHAS MIL VEZES! Querem boicotar os nossos Super-Heróis!

        É fato que os nossos Heróis estão lutando (por nós) no exato instante em que este texto é lido. Mas é sempre bom deixar evidente o nosso apoio ao retrovisor que vislumbramos o nosso futuro! Deus, pátria e família (tradicional, evidentemente)!