Filipe Russo
Filipe Russo
E se hoje eu te contar a história química
de uma vela? Qual dentre tantas elas?
Uma a uma jorram luminosas celas,
um véu lunar da mais pura alquimia.
Os iluministas preferem química,
a energia se desenrola tão bela e
feita de tantos elos, tantas elas.
Os alquimistas a chamam de física,
sua ardência sobe pelos capilares
do pavio, daí queima a tal parafina,
do sólido ao líquido ao gás tão noir
que bem poderia ser uma endorfina.
Calor e luz são o expandir dos pilares:
a vela é luz grossa, é uma obra prima.