Meu ímpeto, minha ira. Dentro de mim, um vulcão.
O textão, a indignação, a válvula de escape.
Na minha cabeça, as palavras atropelam meu pensamento
Não encontro um eixo para ancorar as sentenças
Na escrita, redefino prioridades e monto o quebra-cabeça
A impostora que grita em mim, avisa: - Cuidado! Você pode ser a próxima vítima!
Ela se dirige a mim ou aos outros?
Quero resolver sozinha os problemas dos outros. Assim, não preciso olhar para os meus.
Some o alto grau de perfeccionismo com a baixa tolerância à frustração
O resultado da equação é a hibernação
Sentimento de culpa e vergonha brigam internamente por um lugar ao sol
Ou seria um lugar à sombra?
Tento esconder os sintomas, criando uma falsa sensação de controle
Temo que consigam ver o bicho solto e violento que dorme aqui por baixo dessa minha casca grossa, doce e carinhosa
Há tempos estou cansada. Já não domino a fera. Ela me protege. Faz parte de quem sou.