Temendo e tremendo
eu padeço
da agonia de não estar
em algum lugar
(todos eles estão em mim)
Sou lugar e nem um.
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Perambulo por matos e pedras e, ainda assim, sou vento solto. Eu encaro espaços e viro sabonete da vida: arrastada pelo chão liso.
“Todos os sentidos” é sobre uma jornada de olhares. Da maldição à redenção. Do mundo até mim mesma. Sentidos? Do sentido de sentir, como experiência tátil e real, as dores de viver. Sentido de sentidos a todo vapor: olhos, nariz, boca, ouvidos e língua. Sentido de fazer sentido, porque cada poema tem uma história, uma conversa contigo. Sentido porque eu não sei qual sentido fez para você e nunca saberei. Sentidos? São todos. E suas histórias.