Que não pese. Ou, que o peso, seja suportável.
Não é só leveza que me faz ser
Reinvento meu olhar, para poder equilibrar-me e crescer
Não tenho o futuro como meta
Admirável aquele que vive no agora, somente
Eu ainda procuro por minhas brechas
Tenho cansaço.
Mas tenho vontade. Presente.
De não viver apenas espasmos de vivacidade
De querer buscar outras realidades
Saber o que se querer, saber para onde ir, saber, saber...
Muito sabes, pouco fazes
Conheço. Procuro.
Não encontro, mergulho.
Não replico, engulo.
Mas não sem antes mastigar
Para poder digerir,
O que virá.
Semear é a espera da poesia que germinará
Depois de desaguar
É a hora de fazer brotar
A vida, a esperança, as dúvidas, a revolução
Que vem de dentro
É interna
Para depois vir a grande expansão
A mente criadora
Não mente
É possível germinadora
Se Semear pudesse falar,
Diria
Se sufocar a semente que brota
Se embota
Sem ir para frente
Se tampar o sol que encosta
Toda rota
Ficará diferente
Deixa germinar
Para ver até onde
Irá chegar