Samuel Queiroz Cavalcante

LXII


Estou só na ilha fantasma

Como são os caminhos da solidão

Cerra os olhos, costura a boca, tranca os ouvidos

Esquece de existir para si, outrem estão distantes

Então venhas para minhas terras natural – virgens

Deixe de ser boba. Basta largar o medo

Atravessar a fronteira e aventurar-se

Beberás as águas puras cristalinas da fonte

Venha ser feliz. Esqueça as luzes artificiais

Ofereço-te horas passadas, tão vividas

Pássaros a buscar o seu sono e despertarás

De uma manhã de mata virgem leve e alta

Envolve as árvores delicadas

Envolve jardins alvoreceres e crepusculares.

E iluminará sua alma de todos os dias!

Será a princesa de uma grande interminável viagem

O seu rosto de sonho, e eu viverei o seu sonho

Desmaiada de amor, nos braços meus

Esse perfume que em meu ser penetra

E muda o que já foi em vão, o tempo esconde 

Vos transformastes, pelo amor suave e doce

Então venhas para minhas terras natural – virgem

Bastas largar o medo, deixas de ser boba.