Fe Frevo

Noite


Noite sem estrelas, céu tão opaco,

O negro se veste de luto e de dor.

São séculos de luta, um fardo pesado,

Racismo, veneno que impregna o amor.

Na pele escura, a história gravada,

Marcas de escravidão e desigualdade.

Ainda ecoam as vozes caladas,

A dor que se esconde em cada verdade.

Nossos corpos cansados, de tantas batalhas,

Resistem à violência, ao preconceito.

Somos força ancestral, riqueza das malhas,

Na luta diária, desfazemos o estreito.

Mas não cansamos de sonhar com justiça,

Com um mundo onde a cor não seja barreira.

O racismo, inimigo que entrista,

Um dia cairá, não há quem não veja.


Enquanto isso, seguiremos em pé,

Levantando a voz, com esperança e fé.