A sombra do preconceito, o racismo entranhado,
Marcas profundas, feridas abertas, no peito cravado.
Por séculos de lutas, batalhas não findadas,
A alma negra resiste, ergue-se nas madrugadas.
Do navio negreiro à senzala escravizada,
Dos açoites cruéis à dor desumanizada,
A história manchada de um passado tão escuro,
A voz do povo negro clama por um futuro.
Somos filhos da África, com orgulho no olhar,
Resistência na pele, na ginga a se manifestar.
Do samba ao candomblé, na arte que se revela,
Cultura que floresce, resistência que é bela.
Rompendo correntes, construindo caminhos,
A luta é constante, não se acovilha em desalinhos.
Marchamos lado a lado, buscando a equidade,
Reivindicando direitos, igualdade na sociedade.
Não seremos silenciados, nossas vozes ecoam,
Da diáspora ao quilombo, nossa força ressoa.
A cada passo dado, um marco de superação,
Para que o racismo, enfim, seja extinção.