é de sangue que se nutre
teu solo caudaloso
também suas partes de estio
suas filhas é que
transbordam teu rio São Francisco
alimentam teu sertão
compilam tua erosão
o canto delas
lava-te do veneno
jogado em copas e caules
pelas mãos gananciosas de teus invasores
mãos santas dos teus catequizadores
pelas extensões internacionais
Por elas que
Porque delas que
Assim como elas que
Para elas que
tuas raízes
resistem
às multiestatais
às vias irremediavelmente comerciais
do teu corpo-território