Deni Maliska

Sobre a flor no arame farpado


Eu introduzo entre meios perdões
Algumas sequelas de um passado
Imersas em silêncios cotidianos
Marcas escritas entre o
Rubro e o negro

Quando ao me despir
Retiro todas as máscaras
Finalmente, transcendo
E me transformo em musa

Olhando pelo espelho
Sendo a plenitude
Intimidade contornando
Lábios carnudos

Entre os oceanos diários
Abrigamos aquele resquício de coragem
Lutando para encontrar um amor

Memórias
Desenhos para esses vãos
Sobram apenas flores
Borradas no sangue
Das feridas que ficaram
Ao se ultrapassar
Arames farpados