São muitas lembranças
Mãos calejadas
Terras cultivadas
Dignas de tanta bonança
As festividades
As danças de siriri e cururu
Casas feitas de barroca
A feijoada
O pilão que fazia a paçoca
Sentadas em roda
Ouvia historias
As lendas passadas de geração em geração
Acordavam bem cedo
O forno já aceso
A cal que se queimava
De simples charrete
As idas à cidade
Venda de produtos
Sem nenhuma vaidade
De tantas lembranças
Algumas amargas ficaram
Por vezes sentir-se oprimidas e ameaçadas
Sem saber direito os motivos
Que ali estavam entrelaçados
Em meio a tanta destruição
Ainda há sobras no coração
Suas histórias reescrevem
As meninas que se tornaram mulherão