João Lucas Santos da Silva

A IDENTIDADE DE ALGUÉM


A identidade de alguém, 

No começo da Jornada, 

Não tem rumo, está aquém 

Dos padrões da Caminhada 

E daqueles que detêm 

A escravidão da Estrada


Não é fácil (trans)cender 

Sair da caverna escura. 

Você não consegue ver 

Que essas duas Margens “puras” 

E essas sombras que você 

Enxerga, são só gravuras?


São imagens ilusórias

Construídas socialmente 

Que durante toda a história 

Arraigaram em nossas mentes 

Ignorâncias simplórias 

De quem nasceu diferente. 


Eu sou a terceira margem

Do rio de Guimarães.

Sigo sendo a luz que arde,

A verdade em olhos vãs. 

Sou diferente, sou arte,

Sou de verdade, sou trans.