Zélia Balbina Puri
NATIVO BRASILIS
Não sou índio não Senhor!
Não com esta conotação
Não sou arruaceiro,
Nem sou baderneiro.
Sou filho desta Nação!
Não sou bicho do mato,
Mas, respeito a natureza.
Preservo a Flora e a Fauna
Com toda sua beleza.
Não sou um “mito” passado,
Embelezando Museu.
Eu vivo nos descendentes
Que a tudo sobreviveu!
Não sou “figura folclórica”
Em uma data a habitar
Sou filho desta terra
Nela vivo todos os dias,
Tenho direito de aqui estar!
O branco chamou de “índio”
O nativo que aqui vivia
Como se todos os povos
Fossem uma só etnia.
Sou “nativo” na essência
Na cultura e no saber
E minha ancestralidade
Deu-me água de beber.
Ser índio ou indígena!
Depende da conotação.
Como apelido pejorativo,
Não aceito! Ah... isso não!
Sou parte da natureza
Vivo o prazer de viver
Se isso é ser “índio”
Tenho orgulho de índio ser!!!