Deice Silva Teixeira

Rio

Solimões e seus barcos imensos,
miniaturas olhadas de longe no sobe e desce do banzeiro.
O céu negro despeja a tempestade,
que chega de chamego com o vento.
Amantes inseparáveis tementes somente ao sol.
O rio espuma, feroz, indomado e puro,
num bailar que parece eterno.
Mas lá vem o sol discreto.
Brechando aquela orgia, de mansinho se abre
Acaba com a folia.
Eita rio caudaloso!
Caldo raivoso,
raiva bonita.
Beleza infinita.