Caiu o balão.
Surgiu a neblina.
Tinha sol.
Veio a chuva.
Olha a chuva!
A chuva,desfez a trança da menina.
O túnel alagou.
O vento foi arrojado.
Cadê a fogueira?
Tá bem longe do cerrado.
O tempo é de São João.
Tem canjica.
Tem pamonha.
Tem milho verde,munguzá e quentão.
Lá vem o São João.
Bandeirinhas coloridas,
alegrando o palhoção.
É tempo de tradição.
Doce de leite, doce São João.
Tem forró.
Tem quadrilha.
Tem pé de moleque .
Tem forró, para o
casal dançar colado,
feito chiclete.
Tem sanfona.
Tem zabumba, para manter nossa tradição. É xote, xaxado e quadrilha, trazendo aquela animação. Vestidos coloridos.
Xita, na estampa da roupa das meninas.
Chapéu de palha do matuto.
O coração cria impulso
com os aplausos das apresentações juninas.
Veio a chuva,desfez a trança da menina.
Mas não tirou o ritmo da alegria, dançando no coração. Os dias de dilúvio, virou canção.
O som,veio do alto da serra, fatigada das chuvas. A fogueira reacende
essa festa, feito canção que anima seresta.
Uma noite junina,
tem forró pé de serra.
É xote, xaxado, triângulo, zambumba, ao som do Luiz Gonzaga. Acende a fogueira, o milho tá na brasa.
É Nordeste, é São João.
Não tem chuva no mundo que consiga escoar essa nossa tradição.