Seja forte, eles dizem...
e respiramos fingindo felizes.
O olho, lago, deságua à toa:
é piscina da íris, lamento de Osíris.
Lagoa!
Dia e noite guardado e guiado
pela periferia, pela peri-poesia
e onde não estamos em corpo,
pairamos, em preta magia.
Seres na roda, ciranda do Sul;
na geometria esférica,
rapazes e moças da América,
tentando voar...
A cerveja derramada no bar,
e o esquecimento da volta pro lar.
Seja forte, eles dizem!
E respirando, fingimos felizes.
No fundo, querendo estar de boa,
somente sair por aí, à toa.
E os direitos violados...
Mano, cuidado de noite,
pra não virar a canoa!
Os corpos marcados, o espírito alado,
e os olhos, Lagoa...