Adriano Tardoque

SOBRE NOSSOS TAMBORES EM RESPOSTA PARA RIMBAUD


arranquemos as nossas bandeiras das paisagens sujas

construídas pelas sentenciosas falas bárbaras


toquemos os nossos tambores 

para abafar os gritos amarelados de insanidade e de ódio


nas periferias, serão eliminadas as matanças dos corpos que,

sobreviventes, empreenderão revoltas outrora fustigadas, engasgadas


aos milhares, nos negaremos em ver nosso futuro, nosso presente e nosso passado

pelo filtro colonizado, institucionalizado por exploradores brancos, bancos, militares e outros tantos


seja bem-vindo, venha você de onde vier, seja você quem for e quiser

braços fortes, somas da consciência, prestes a lutar pela sobrevivência

contra a morte, pela liberdade, pela sorte


eis a derradeira batalha

avante e que a esperança nos valha