do sol do amanhã certeza não há
tempo incerto a teimar com a esperança
a ninar a gente no grito da noite
a crê no romper do dia
a apostar na força irresistível da cria... virá
em palavras ao vento promessas ao mar
enchem de vozes ouvidos sinceros
a arrastar multidões ao abismo
a afogar no escuro a história
a impedir em vão a barca da vitória... virá
o caminho tortuoso impõe o andar
em meio a feridas de escolhas sentidas
a desviar em vão à luta do povo
a atrasar em vão a querida mudança
a frustrar em vão a marcha da andança... virá
o tempo novo não tardará
de mão em mão se planta a nova-idade
a cultivar sonhos de outra realidade
a marchar na confiança daquele horizonte
a irromper todo dia um país de nova fonte... virá