Josilene Santos

Acreditar 


Não sei falar de voto em forma poética. 

Pois, isso para mim me soaria estranho

na forma de mundo que eu acredito, 

há vinte e oito anos. 

Pois, se torna agressivo votar por obrigação, 

já que ao ir para às urnas não posso dizer não. 

Talvez esse tipo de sentimento exista, 

pela forma de política pública apresentada

a nossa sociedade. 

Onde o pobre só é visto e notado quando o seu voto é confirmado? 

Queria muito que os meus versos diferissem, 

mas durante 4 anos eu fiquei descrente… 

Pois, como ir dormir com o dinheiro do leite,

e acordar sem o consegui-lo por sobre a mesa.

Para essa eleição eu fechei os meus olhos

e disse vamos votar cidadão. 

Às vezes eu queria acreditar que apertando 

números em novembro isso fosse mudar, 

e que ao voltar usar verde e amarelo

eu só fosse confundida por carregar 

O amor e a esperança no peito.