a minha ira e revolta
revelam-se em mijar para baldes de cola,
que servem para fixar cartazes políticos
Gratificante são as mãos inchadas
da pintura a óleo
bafientas as cores do trabalho
Aos meus imaginários
Baratas confundem-se no chão quente
Adornar a pedra, preta
Que esperam o fim do corpo
Malfeitores
Benfeitores
Esculpir todo esforço
Aos meus imaginários
Prorrogar a sede que,
Em pequenos gestos aflitos
Se compõe o colarinho apertado
a sério? o ferro
a lira da ira
sim e agora
pensamento parado
não sente o cheiro a mijo nestas paredes?