De ponta-cabeça, esse homem
faz tudo contrariamente:
A vida é seu dever;
a morte, o seu método.
Ouvir é sua obrigação;
decreto, sua técnica.
A paz é seu papel;
metralhadora, sua tática.
O amor, sua atribuição;
preconceito, sua prática.
Acredita que é ele a constituição
em seu delírio mais ridículo
mas ao povo é que cabe escolher
a sua queda em descrédito
e se o conserta ou mantém
de ponta-cabeça ano que vem.