Silvana Duarte

Morte dos esquecidos

 

Ouçam Senhores e Senhoras eleitos pelo povo brasileiro

Quem vos lhe fala é uma humilde serva:

Cidadã e fã de Minerva

Você aí, que (não) pensa só no dinheiro!

Ainda tenho esperança

Afinal, sou poeta

Sou eterna criança!

Que você saia de casa pra fazer a diferença

Do mesmo modo que te vi sob o sol

Com sangue nos olhos

Quando subia aquela ladeira para pedir voto.

Que o povo mais sofrido,

Não seja esquecido

Feito túmulos antigos e abandonados

Lá, onde cresce a erva daninha 

Assim como os mortos não merecem este olvido,

As nossas crianças, os velhos

Não merecem a morte lenta e cruel do esquecimento

Eles também jamais se esquecerão

Porque ficará gravado em seus dedos santos e calejados 

Ao votarem em você

Ainda tenho esperança

Sou eterna criança

Sei que você fará por merecer