Sou a Vênus em plumas e escamas
Poente e vívida enquanto corre e canta pela noite,
Sou a ostra furta-cor que se encontra impenetrável ao mundo,
Sou a filha, a memória e a delicadeza de um “tchau” bem dado como se fosse nosso último dia juntas…
Sou a aquarela escolhida para pintar uma saudade,
Sou o relógio que corre através do tempo e como uma fita, o enlaça
enlaçaenlaçaenlaçaenlaçalaçalaça;
Máquina do tempo futura que mimetiza a pulsão do intraduzível,
Querem com urgência me catalogar e decifrar, então:
Me n-o-m-e-a-r-a-m, mas eles travam a língua todas as vezes ao soletrar meu nome.