O mar não tem fim nas praias
Nem tem início na areia
Ou se restringe ao salgado
Lar de algumas tartarugas.
Tampouco o mar tem fronteiras
Com nosso lar corriqueiro
Com nossas tolas ações
Ou infantis atitudes.
O mar começa nas águas
Das lágrimas derrubadas
No suor da nossa pele
E no sangue que nos move.
Mar, nós vivemos e somos
E, ao mesmo tempo, mudamos
Aquilo que nós chamamos
De mais distante oceano.
Nós destruímos o mar
Sem sequer nos darmos conta
Enquanto, no inconsciente,
Destruímos a nós mesmos,
Parte inerente do mar.