A copa da árvore é todo um cocar,
o caule da árvore é um tal pergaminho,
tingido por igarapés e rios.
Verde, azul, marrom; é de se chorar
frente a tanta beleza de meu lar,
flores dum povo sempre ribeirinho.
Já hoje por cinzas e brasas caminho
ao longo do criminoso incendiar.
Onça, arara, ariranha, jacaré;
fatídica fauna que morre à margem
de um projeto todo contra o baré.
Cada pena do cocar traz sua marca
nas histórias das aldeias dos pajés,
quem cantam tempestade, chuva, mar.