Israel Frois

Barra do Riacho


Riacho que deságua como lágrimas de lamento

Pela indecorosa ocupação que usurpa o provento

Da pesca, do pescado, do moquém, desalento 


Porto que ancora com tristeza o ser aflito

Pela alma afogada e pelo barco interdito

O progresso ordena o ganho exclusivo do maldito


Fez-se ponta de lança pro mercado exterior

Um tal progresso antiquado e aniquilador

Que arrasa o bem-viver promovendo tanta dor