A castanheira frondosa se retorce e grita,
Consumida pelo fogo que engole flora e fauna.
Fogo que é obra da mão desumana,
Da gananciosa mão,
Que quer tudo para si.
A biúva e a aroeira se contorcem abraçadas,
Calcinadas pelo fogo que engole o Pantanal.
O mesmo fogo que é obra da mão desumana,
Da gananciosa mão,
Que quer tudo para si.
E chora a mata,
E chora o povo da floresta,
Consumidos pelo fogo inclemente
Dessa mão que diz humana ser
E que nada quer deixar além das cinzas
Sobre a terra esturricada e de estéril viver
Árvores que choram
Muitas lágrimas!