Céu de primavera
Breu noturno constelado
Cai em nós, pobres e fracos
Incapazes de gritar contra
A demência dos ingratos.
Furtam o ar de nossas terras
Envenenam mar, florestas
Abrem chagas insepultas
E nos bufam sua cólera.
Seiva profana em desatino escorre
das veias da terra brasilis.
Quem calou a nossa voz e arrefeceu nossa fúria?
Haverão de nos furtar as estrelas
Para que trôpegos miremos
Todo mal que nos assalta?