Karla Fontoura

Mãestria


Cada ser é pulsante

no corpo mãe Terra

Ela deixa a gente estar ventre

E ali poderíamos estar

como quem

beija

ama

alimenta

recebe

entrega

Mas, pequenez humana

deixou de lado o abrigo

para virar aflitas almas atrás de alta torre 

E mãe sabe o que vê e deixa ser

porque sabedoria nasce de olhos de quem sente

E eu sinto

Sinto muito, mãe-ventre

Somos só mais um e nosso embalo deveria ser dança 

Esperança é que a música nunca pára: ventos, rios, caules e uivos.

Natureza orquestrada para a vida!