Luccas Samtos

A torpe foice do colonizador


Nos apropriamos dos rios,

Das plantas e animais.

Colonizamos terras

Tornamos praias, cais.

Mesas fartas,

Estados superavitários

A custa de escravizados

E povos originários.

A consumação que,

Instintiva, nos move,

E toda a dor do outro

Que não nos comove,

Fazem do homem,

Escravo de sua paixão,

Artífice da própria

Destruição.

Manejamos a 

Arma que atira,

Ficando, nós mesmos

Sob a mira,

Do poderio tirano

E destruidor,

Da torpe foice

Do colonizador.