Nos apropriamos dos rios,
Das plantas e animais.
Colonizamos terras
Tornamos praias, cais.
Mesas fartas,
Estados superavitários
A custa de escravizados
E povos originários.
A consumação que,
Instintiva, nos move,
E toda a dor do outro
Que não nos comove,
Fazem do homem,
Escravo de sua paixão,
Artífice da própria
Destruição.
Manejamos a
Arma que atira,
Ficando, nós mesmos
Sob a mira,
Do poderio tirano
E destruidor,
Da torpe foice
Do colonizador.