Maria José de Melo

O Mito Da Seca No Nordeste

 

 

Em homenagem ao povo do Cariri Paraibano,

em especial aos camponeses das margens do Alto Paraíba.

 

 

Aqui, no meu Nordeste falam que a geografia é ingrata

Quando elevou o Planalto da Borborema a 1.000 metros

Que nada, a alta pressão dispersa os ventos com chuva

A assimetria da chuva é ardilosa: cai aqui, ali não!

A chuva concentrada em poucos dias 

foi represada no açude do grande latifúndio, 

Aperreio demais, o camponês sem água ficou

 

À terra e a água são monopolizadas e vendidas,

A crise hídrica é um problema social, político e econômico

A geografia daqui a só contribui com o problema.

Água tem de sobra, o que falta é vontade para distribuí-la.

Em Sobradinho no médio São Francisco

hora sagra com cota máxima ora com cota mínima,

Ilusão é o combate à seca: lucrativa é a indústria da seca!

 

A transposição do “Velho Chico”, tão esperada como imensa

Revisitou a história do Brasil desde Dom Pedro II,

Em vários momentos políticos ela foi à salvação   

Uma enganação! Passou 100 anos e nada!

Viu? Negócio de rosca!

O lema sertanejo: “SÓ PLANTO SE CHOVER AMANHÔ.

Assim, noticiou-se o mito da seca no Nordeste.