P. H. Paiva

A natureza esperneou o ômega

Com singelos avisos

Para o algoz que se cega

Enquanto bebe os frutos da terra com amigos

E abafa o fim com fones antirruídos


As aves levaram as boas-novas do fim antes que ele chegasse

A fim de evitar o desastre

Mas não estavam afim de que ele parasse


Então, Gaia mira o infinito

E sente as dores manchando sua história

Revisitando as mais belas memórias

De uma existência sem sentido


- se o fim pudesse ser descrito em palavras, ninguém pararia pra ler