Terras a vista
e terras à vista
Navios aos mares
Escravos a bordo
Milhões de hectares
de mata virgem
Onde ontem dormi
e hoje não acordo
Sou índio e planto
Mandioca, batata
A floresta num encanto
A morte na faca.
O rio sem peixes
O riso sem vida
Matança nativa
Filhos sem leite.
A água dos lagos
impura e mole
Tanto bate na pedra
Preciosa e dura
Que fura a garganta
Que só choro engole