Vanusa Carvalho

Muda


Ei-la, mata machucada.

O interesse descabido mata.

Toda voz está muda!

Que então se plante a primeira muda!


O mundo mudou, ele muda.

Mudança mundana.

E toda razão está muda.

Porque o tempo passa,

Mas o equívoco colonial não muda.


Mas que não se perca essa esperança.

Que corre feito criança.

Descalça, livre e sorridente.

Embora o dilema, de que quando ela cresce,

Vira consumidor indômito e terrivelmente: muda...?